Em 44 a.C. o governo do
ditador romano Júlio César vivia um verdadeiro pesadelo de aspectos sociais.
Este pesadelo envolvia um
alto índice de desemprego, analfabetismo, excessiva carga de impostos,
condições precárias de moradia, insegurança, corrupção em todos os níveis da
sociedade (especialmente entre os governantes), etc.
Esta política previa a
disponibilização de pão (migalhas) e diversão para o povo, que com isso, era
mantido alienado aos problemas diante dos espetáculos. A consequência da alienação
da plebe ignara era a diminuição do nível de insatisfação com os governantes.
Vale lembrar, a título de
curiosidade, que a diversão dada pelo imperador romano era nada mais nada menos
do que espetáculos sangrentos promovidos por gladiadores em combate.
Acredita-se que o ser humano esquece os problemas acompanhando e/ou torcendo
pela desgraça alheia.
Apesar do texto acima
remontar o passado, ele está totalmente inserido nos dias de hoje, em diversos
aspectos, no contexto do mundo em que vivemos, mantendo-se as devidas
proporções, é claro.
Contudo, eu verei o dia
em que o povo não fará passeatas em meio à “chuva de balas de borracha” e a
névoa do gás lacrimogênio, não destruirá o patrimônio público e nem tão pouco o
privado, não gritará palavras de ordem, não esconderá o rosto sob máscaras, não
cantará o hino do país em forma de protesto e o melhor de tudo, não se envergonhará
da sua terra natal.
Mas para que isso aconteça,
é necessário que pelo menos uma premissa básica seja observada por aqueles que
governam:
respeito ao ser humano.
Até a próxima...
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