quinta-feira, 18 de julho de 2013

O Big Bang Brasileiro

Existia algo no passado que ninguém até hoje soube explicar bem o que era. 

Apesar de várias tentativas de tentar explicar o inexplicável, alguns declararam que se tratava de uma mistura de simples partículas subatômicas, sem expressão, sem força e sem cor, que apesar de viverem correndo frenéticas de um lado para outro sofrendo as maiores pressões, pareciam estar felizes e acostumadas com o seu destino. Na verdade, o ir e vir das partículas mostrava que “este Universo” parecia estar estável, controlado e sereno.

Mas um dia, ninguém sabe a razão ao certo, estas partículas começaram a se tornar instáveis e sem controle. Essa instabilidade começou a gerar uma quantidade incalculável de energia que não tinha como se dissipar e que por esse motivo foi se acumulando... acumulando...acumulando... até que  houve uma grande explosão.

Uns especialistas dizem que esta explosão jamais vista, foi causada pela pressão excessiva de ondas externas, já outros afirmam que a união dessas partículas com átomos pesados foi à causadora do aumento de temperatura e consequentemente a sua expansão descontrolada.

Com essa explosão, além da  temperatura subir assustadoramente, ela arremessou as partículas para todos os lados ocasionando em alguns casos uma destruição de proporções colossais, um verdadeiro caos de intensidade quântica.

Os estudiosos afirmam, que enquanto a temperatura não ceder, as partículas agitadas por conta da pressão sofrida e da consequente explosão ainda causarão muitos estragos. Contudo, com o resfriamento e a diminuição gradual da pressão as coisas irão voltar ao normal.

Mas de concreto em relação a este evento, e que ninguém poderá discordar, é que existe algo que jamais será igual novamente... 

...O “Universo”.


Até a próxima....

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Licença funcional ou Analfabetismo poético

Enquanto se fala em melhorar o nível do ensino no Brasil, por conta dos absurdos vistos em exames realizados pelo país afora, existem algumas pessoas utilizando-se do jargão “licença poética” e “ruptura do espaço criativo”, para justificar esse mundo de bizarrices e descaso total com a língua portuguesa que ocorre nas mais variadas redes sociais na internet.

Gostaria de lembrar que licença poética é uma incorreção de linguagem permitida na poesia, ou seja, o poeta tem “permissão” de extrapolar o uso da norma culta cometendo desvios na norma ortográfica.  A menos que sejamos um país de poetas, o caso acima não se aplica.

Outro detalhe importante que deve ser ressaltado é que existe uma confusão clara entre a evolução das palavras devido às mudanças culturais no decorrer dos anos, com erros grotescos de conjugação e mutações linguísticas que simplesmente distorcem completamente o sentido e o entendimento dos vocábulos.

No fundo eu percebo que as pessoas que são partidárias desta nova “tribo” que trata com desprezo a base de uma nação, que é sua língua, não fazem ideia que no futuro teremos uma sociedade de profissionais incapazes nas mais diferentes posições do mercado de trabalho, como por exemplo: em postos médicos atendendo a população, nos tribunais como juízes ou advogados, no congresso como senadores e deputados, nas escolas como professores, nas ruas como policiais etc.

O pior de tudo é que estes que apoiam esta "nova ordem", são os mesmos que criticam o mau atendimento nos hospitais, reclamam da justiça, acham os policiais despreparados, reclamam do nível de ensino, protestam contra os políticos etc , etc, etc. 

Então... sejamos francos, que Deus nos ajude!



Até a próxima...

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Panem et Circences

Em 44 a.C. o governo do ditador romano Júlio César vivia um verdadeiro pesadelo de aspectos sociais.

Este pesadelo envolvia um alto índice de desemprego, analfabetismo, excessiva carga de impostos, condições precárias de moradia, insegurança, corrupção em todos os níveis da sociedade (especialmente entre os governantes), etc.

Diante do abismo que se formou, o Imperador decidiu com muita inteligência e perspicácia, visto que tinha pleno conhecimento dos moradores de Roma, criar a política “Panem et Circenses” (Pão e Jogos Circenses), que popularmente foi conhecida como ”Pão e Circo”.

Esta política previa a disponibilização de pão (migalhas) e diversão para o povo, que com isso, era mantido alienado aos problemas diante dos espetáculos. A consequência da alienação da plebe ignara era a diminuição do nível de insatisfação com os governantes.

Vale lembrar, a título de curiosidade, que a diversão dada pelo imperador romano era nada mais nada menos do que espetáculos sangrentos promovidos por gladiadores em combate. Acredita-se que o ser humano esquece os problemas acompanhando e/ou torcendo pela desgraça alheia.

Apesar do texto acima remontar o passado, ele está totalmente inserido nos dias de hoje, em diversos aspectos, no contexto do mundo em que vivemos, mantendo-se as devidas proporções, é claro.

Contudo, eu verei o dia em que o povo não fará passeatas em meio à “chuva de balas de borracha” e a névoa do gás lacrimogênio, não destruirá o patrimônio público e nem tão pouco o privado, não gritará palavras de ordem, não esconderá o rosto sob máscaras, não cantará o hino do país em forma de protesto e o melhor de tudo, não se envergonhará da sua terra natal.

Mas para que isso aconteça, é necessário que pelo menos uma premissa básica seja observada por aqueles que governam: 

respeito ao ser humano.


Até a próxima...